O leitor Asenci não engoliu a reportagem apresentada no post “Pilotos que voam em alturas elevadas correm mais riscos de lesões cerebrais” e fez a sua própria pesquisa sobre o assunto. Resultado: para não variar, a história não era bem essa… Vejam a seguir o que o leitor descobriu (trata-se de uma reprodução de seu comentário ao post acima referido):
Não consegui acesso ao artigo completo, mas pelo resumo e por uma matéria que eu encontrei sobre o artigo, dá para entender que o artigo é um estudo específico sobre pilotos de U-2.
Provavelmente o jornalista ignorou alguns detalhes importantes e generalizou para todos os pilotos:
“Commercial airline pilots and passengers fly in pressurized airplanes and shouldn’t be concerned. U-2 pilots, however, fly at very high altitudes — often above 18,000 feet — with limited cabin pressurization.”O problema nesse caso é a pressurização limitada da cabine. Pelo que eu encontrei, a cabine do U-2 é pressurizada a uma altitude de 29.000 ft.
Os trajes que os pilotos utilizam servem apenas como proteção contra uma possível despressurização da cabine. Não são pressurizados durante o voo normal.A conclusão do artigo é que o uso do oxigênio, nesse caso, combate os sintomas da doença da doença de descompressão mas não impede a lesão causada por bolhas de gas se alojando no cérebro. E sugere um maior estudo dos efeitos a longo prazo dessas micro-lesões.
Resumo do artigo:
http://www.neurology.org/content/81/8/729.abstractMateria sobre o artigo:
http://consumer.healthday.com/cognitive-and-neurological-health-information-26/brain-health-news-80/brain-lesions-common-in-high-altitude-pilots-679364.htmlInformações sobre os trajes usados pelos pilotos de U-2:
http://www.afcent.af.mil/news/story.asp?id=123310891
Beto Arcaro
7 anos agoAh bom!!!