…E, novamente, baseado num artigo do Boldmethod: “8 Facts You Might Not Know About Spins” – um assunto que sempre rende novidades.
Vejam que interessante o item #7 do artigo: até a Primeira Guerra Mundial, o treinamento de recuperação de parafusos não era uma manobra regularmente treinada porque nem sempre as aeronaves saíam da atitude. Irônico como retornamos a este mesmo ponto no Brasil na era do AeroBoero, não? Só para lembrar, segue abaixo o trecho do RBAC-61 que fala sobre a necessidade do treinamento de parafusos no curso de PP:
Beto Arcaro
5 anos agoAh, os Aeroboeros….
Não é que eles não suportam Parafusos (o bicho é forte de estrutura) o problema é que demoram à sair!
Muita asa, “underpowered” e cauda pequena, simples assim.
O Aeroboero com motor de 115 Hps só foi certificado no Brasil, e todo mundo sabe como essa certificação foi meio que “Forçada”.
Bom, se a gente for pensar, tem até um “Avião da moda” por aí, certificado e tudo, que nem sai de parafuso.
Se o treinamento de recuperação de parafusos for exigido, acredito que o prático do PP nem poderia mais ser ministrado “Nele” !
O Paulistinha fazia numa boa, Cessnas em geral também o fazem.
E os instrutores?
Precisa ser ex instrutor da AFA, instrutor de acrobacia (como a EJ usa no “Treinamento de Manobras de Confiança”) ou o “Super Pica das Galáxias” para ensinar recuperação de parafusos?
Não sei, na nossa realidade, acho que talvez precise.
Na verdade, nem precisaria se os instrutores também tivessem treinado a manobra desde o PP (Então ela deveria ser exigida também no treinamento dos INVAs, é claro!)
Fiquei sabendo de alunos de PP que desistiram de ser Piloto quando treinaram “Perdas”!
Alguns, “NÃO QUISERAM” solar de verdade no PP nem no PC !
Caso raro, pois o tal “Solo Assistido” é a prática mais comum em 90% das escolas ou aeroclubes.
Tem também, aquela história da escola “empurrar com a barriga” a formação do Sujeito pra não “Perder Aluno”….
Enfim, são tantos fatores, que de vez em quando, “Quando Possível”, a gente consegue formar algum bom Aviador.
Marcos Veio
5 anos agoFazia meu treinamento de parafuso quando voava solo. Quando duplo com INVA era muito difícil. Ter que aguentar pano preto e mãozinhas tremendo nunca foi comigo.
Logicamente, fazia na tranquilidade do C-152 que basta neutralizar os comandos para ele sair sozinho de um parafuso.
Augusto Fonseca da Costa
5 anos agoCaro Raul
Não pode existir nenhuma norma oficial para ser cumprida “quando possível” como coloca a ANAC no RBAC 61.79 (v).
Além disso, a RBAC 23 EMENDA 61 § 23.221, publicada pela ANAC em inglês (ilegalmente) diz que “toda a aeronave categoria normal deve ser capaz de se recuperar de um parafuso de uma volta ou um parafuso de três segundos, o que durar mais, em não mais que uma volta adicional após o início da primeira ação de controle para recuperação, ou demonstrar a conformidade com as exigências da resistência do giro opcional dessa seção”.
Sabemos que a absurda dispensa de treinar parafusos na instrução serviu há 30 anos para ajeitar a importação de centenas de Aero Boeros argentinos, que não suportam parafusos.
A ANAC deveria obrigar esse treinamento em outras escolas “quando não possível”, assim como faz com as 10 horas IFR para PCH.