Você está meio sem assunto para conversar com seu companheiro de cockpit? Então leia este artigo que explica de onde vem o “Roger” com o significado de “ciente” na aviação mundial. Se você não quer spoilers, pare de ler agora.
…Mas já que você continuou, é o seguinte:
Antigamente, a letra “R” no alfabeto fonético era pronunciada como “Roger”, não como o “Romeo” de hoje. E quando se queria dizer que uma determinada mensagem havia sido recebida adequadamente, dizia-se simplesmente “R” – que, como explicado, era pronunciado como “Roger”. E o costume acabou sobrevivendo à atualização do alfabeto fonético, e o “Roger” prevaleceu.
Agora, se você quer mais assunto para conversar, tente descobrir porque o alfabeto fonético mudou a pronúncia da letra “R” de “Roger” para “Romeo”…
Wagner
7 anos agohttp://www.fab.mil.br/noticias/mostra/23503/AEROVIS%C3%83O%20-%20Sociedade%20civil%20e%20militares%20se%20articulam%20para%20criar%20um%20museu%20de%20aeron%C3%A1utica%20em%20SP
Frederico Miana
7 anos agoToda a explicação da mudança e evolução do alfabeto fonético, inclusive a comparação entre o antigo alfabeto americano Able Baker (designação antiga para Alfa Bravo) e do Ace Beer (também antiga designação para Alfa Bravo) pela RAF Britânica estão bem detalhados na Wikipedia em inglês.
Segue o link:
https://en.m.wikipedia.org/wiki/NATO_phonetic_alphabet
Marco Véio
7 anos agoRoubei esta informação do site cavok.com.br
De acordo com a história, em 1927, “Roger” foi a palavra escolhida para representar a letra “R”, que é claro, é a primeira letra da palavra “recebido” (received em inglês). Resumindo, um piloto ao receber instruções, e para indicar que ele as recebeu, ele dizia “Roger.” Mas por que ele apenas não dizia “recebido”? Ora, durante a Segunda Guerra Mundial, nem todo mundo falava Inglês, mas “R” – ou “Roger” – tornou-se a forma internacionalmente aceita de reconhecer a recepção de instruções. (Claro que, em 1957, a palavra “Roger” foi substituída pela palavra “Romeo”, mas por esse tempo, “Roger” e “recebidos” eram sinônimos.)
Enderson Rafael
7 anos agoJá que tem a Julieta, precisava do Romeu, ora…
Diego
7 anos agoPodiam mudar de novo, deixar o Foxtrot virar apenas Fox!
Mas existe um mistério aeronáutico que eu queria ter resposta. Existem várias restrições para prefixos de aeronaves brasileiras:
– A primeira letra não pode ser Q -> Provavelmente para não confundir com o código Q
– Os arranjos SOS, XXX, PAN, TTT, VFR, IFR, VMC e IMC não podem ser utilizados -> Razões óbvias, embora eu não conheça a origem do XXX e do TTT.
– Também não podem ser utilizados arranjos que apresentem significado pejorativo, impróprio ou ofensivo. -> Embora existam prefixos engraçados, como PR-ETO, PR-ATO, PR-IMO, etc. Pelo menos o PU-Tango Alpha Sierra não existe!
E o maior mistério fica em:
– A segunda letra não pode ser W.
Alguém sabe o motivo?
Jonas Liasch
7 anos agoNão foi apenas o Roger que mudou… na época da Segunda Guerra, o A não era Alfa, e sim Able, e o B não era Bravo, e sim Baker. Agora, porque mudou, estou esperando alguém responder…
Drausio
7 anos agoSuponho que o alfabeto fonético tenha mudado porque o Roger era um caloteiro safado que começou a sofrer de transtorno paranoico depois que se tornou piloto e sempre se sentia cobrado na fonia.
Ou então porque a sonoridade de Roger se confunde com alguma outra.
Ou ainda porque os detentores dos direitos de Hamlet pagaram um jabá para a ICAO usar o nome do co-protagonista para comunicar a letra erre.
Zé Maria
7 anos agoAcho que o Roger reclamou e o Romeo então entrou na parada e disse:
“Por mim, tudo bem!”.
Daí, ficou!
Desculpem a brincadeira, momento de descontração.
Fred Mesquita
7 anos agoTal qual de onde vem o significado de OK. Durante a guerra do Vietnã, as missões americanas tinham a importância crucial de que deveria haver baixas do lado dos soldados dos EUA, e quando a missão retornava, muitas vezes o sinal era “OK” – significando Zero Killer….
Zé Maria
7 anos agoBoa! Essa eu não sabia! E nem tinha idéia! Grato por compartilhar!
Márcio
7 anos agoGuerra civil americana, não?
Jonas Liasch
7 anos agoA explicação do OK está quase correta, mas a guerra era outra, a Guerra Civil Americana.
Leandro
7 anos agoJonas, isso mesmo, o “O” na verdade era um “zero”, que até hoje os americanos usam muito chamá-lo de “ow” em números telefônicos, endereços etc. Nos fortes haviam uma plaquetinha de madeira com uma letra “K” pintada, que significava “Killed”, mortos (e não “killer”, como o colega acima falou…), ou ainda, “Kills” (mortes) e na frente, umas plaquinhas móveis com os números de 0 a 9, que combinadas, mostravam quantas baixas aquele grupamento, divisão, pelotão, havia sofrido, ao final do dia! Quando, raríssimas vezes, apenas o número “0” era colocado à frente do “K”, indicando zero mortes, isso era motivo de grande euforia e comemoração dentro do forte, e permaneceu o “Ok” como sinal de coisas boas, de positividade!!! E, quanto a sua dúvida sobre o porquê das alterações no “alfabeto fonético”, o mais provável, seria por conta dos diversos “sotaques” envolvidos no conflito, e em se tratando de uma linguagem feita, “criada”, para ser usada internacionalmente, teve que ser adaptada para facilitar ao máximo, a pronúncia…. (Sabe-se lá porque diabos seria diferente um francês falar “Bákêr”, ao invés de “Bravô”, por exemplo…). Creio que “Able” seria muito difícil para várias nacionalidades pronunciarem da forma correta (“Eibôl”…). Como o seu nome, “Liasch”, muuuita gente não deve conseguir pronunciá-lo corretamente… Como em “Bausch & Lomb” (Báuhhhhrrr)… Ainda hoje, criam-se diversas variantes… Existem forças policiais de “certos estados” aqui no Brasil que chamam M de “Marília”, X de “Xingu” ou “Xadrez”. Pense, alguns “puliça” (não todos) falando X-Ray… Kkk!
Abs!
Rogério Werneck
7 anos agoLegal! Obrigado!