Um acidente que tira a vida de sete pessoas, sendo seis da mesma família, é uma tragédia. Se este acidente ocorrer com uma aeronave, a tragédia chama muito mais a atenção – e se o acidente aeronáutico acontecer em uma região povoada, atingindo residências, muito pior. Se esta região povoada estiver próxima ao centro da maior cidade do país (com o ‘crash site’ a poucos metros de uma escola infantil), e o acidente tiver ocorrido logo após a decolagem de um aeroporto cuja continuidade das operações estiver em discussão justamente pelo risco que oferece aos moradores, aí a questão começa a ter contornos explosivos para a opinião pública. Todos estes fatores estão presentes no acidente ocorrido ontem (19/03) com o PR- ZRA, mas há outros que o tornam ainda mais polêmico.
O “ZRA” da matrícula do avião já diz tudo: o “Z” é um indicativo de que não se tratava de uma aeronave certificada, e sim de um avião “experimental” (no caso, um turboélice com 1.000SHP Compair 9, construído em fibra de carbono, que pesa 7.700lbs. e pode voar a até 250kt); e o “RA” são as iniciais de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, cuja destituição do cargo foi “comemorada no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda”, de acordo com esta matéria do Estadão da época (abril de 2011). Complicado, né? Fora as teorias da conspiração que já estão pipocando na internet, relacionadas à personalidade pública envolvida, as discussões sobre a regulamentação das aeronaves “experimentais” e sobre a própria continuidade das operação em Marte virão à tona.
Por ora, só posso lamentar o ocorrido e prestar minhas condolências às famílias das vítimas, em especial a do piloto da aeronave – que, no caso, era um profissional contratado para voar uma aeronave “experimental”, outra questão que merece análise. Mas, certamente, vamos ter muito o que comentar sobre este caso ainda – que é o mais polêmico desde o acidente com o PR-AFA, que vitimou o então candidato á presidência Eduardo Campos.
Erick
5 anos agoAs famílias atingidas irão receber indenização?. Como fica a situação?.
Bolsonáro Véio
5 anos agoClaro, daqui uns 20 anos. Com bastante briga na justiça.
Erick
5 anos agoPutz!.
Marcos Véio
5 anos agoEssas teorias são bem infantis!
A consequência disso é que agora, vai reacender a conversa sobre a desativação do campo.
Augusto Fonseca da Costa
5 anos agoEssa gigantesca e homicida aviação pirata é ilegalmente registrada pela ANAC como “experimental”, poupando esforços de fiscalização e de investigação para a ANAC, e gerando lucros para fabricantes inescrupulosos.
Há uma última chance de acabar com a ilegalidade dessas leniências da ANAC e estancar essa mortandade na aviação leve: o novo Código Brasileiro de Aviação, em sua última versão em discussão por apenas mais 3 ou 4 dias úteis.
Quem tiver estômago para conferir esse sangrento holocausto, favor acessar : https://www.google.com.br/search?q=acidentes+de+ultraleves&espv=2&biw=1280&bih=636&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjxlqSHyc3LAhXDIZAKHWwjAs8Q_AUICCgD
Ricardo
5 anos agoQue eu saiba ninguem e’ obrigado a comprar uma aeronave experimental. Compra quem quer. O senhor acha que o governo e’ a solucao para tudo? Esta na hora de pessoas que compram, operam e pilotam tais aeronaves assumirem um pouco da responsabilidade pela mesma.
maiko
5 anos agoConcordo!!!
Augusto Fonseca da Costa
5 anos agoSr. Ricardo.
Concordo que o governo não é solução para nada,ele é parte do problema. Mas não estou falando de governo e sim de leis, dos direitos do consumidor que compra sem ser devidamente informado, o que não acontece na maioria dos casos.
Além disso, os passageiros mortos e as pessoas no solo ou em outras aeronaves não podem assumir nem um pouco da responsabilidade pelas aeronaves ilegalmente enquadradas como experimentais, mas produzidas industrialmente em série e entregues como produto final ao consumidor.
Final
5 anos agoEsqueceste do avião do Bradesco????