Conheço algumas pessoas de caráter mais aventureiro que se sentem atraídas por voar na Amazônia. Eu acho que pode ser legal, mesmo – mas é bom saber que às vezes acontece coisas… Hmmm… “Bizarras” com quem voa lá, como mostra a reportagem reproduzida abaixo, da Folha de Boa Vista (fonte: Aeroclipping do SNA):
Índio atira em avião com espingarda
NONATO SOUSAFoto: Divulgação
Avião envolvido no episódio é um Cessna 206,
modelo idêntico a este da imagemUm avião Cessna 206 de uma empresa que presta serviços para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), na terra indígena Yanomami, fez um pouso forçado no domingo à tarde depois de ser atingido por um tiro de espingarda efetuado por um índio do pólo Romoxi, na zona rural do Município de Mucajaí. O caso não teve proporção grave e ninguém saiu ferido.
Apenas o piloto estava na aeronave. Depois de conseguir pousar o avião, ele foi orientado a se esconder para não ser morto pelo índio. O caso foi comunicado à polícia pelo próprio piloto, P.R.N., depois de sair da terra indígena e chegar à Capital.
O piloto fazia uma viagem no trecho Boa Vista, Surucu e Homoxi. Nesse último destino, o trem de pouso se chocou com um cachorro da comunidade indígena que acabou morrendo. No momento da sua partida, depois de decolar da aldeia, quando a aeronave estava a uma altura de cerca de dez metros e passava por cima dos índios na beira da pista, um deles que estava armado com uma espingarda efetuou o disparo.
O piloto contou que ouviu o estampido do tiro atingindo o avião, que em pouco tempo começou a perder força. “O avião perdeu 60% da força e fui obrigado a retornar imediatamente para a pista e fazer um pouso forçado”, disse, ao acrescentar que foi orientado a se isolar para resguardar sua integridade física, para que os índios não o agredissem por conta da morte do cachorro.
O piloto não informou como saiu da aldeia depois, nem se a aeronave já foi retirada ou se foi possível fazer o voo mesmo estando avariada pelo tiro. Ontem à tarde a Folha chegou a falar com o piloto pelo celular, mas ele disse que tinha acabado de chegar à empresa e posteriormente entraria em contato, o que não fez.
Também não foi possível contato com o responsável pela empresa. Nem com algum integrante da Sesai em Roraima. Foi mantido contato com o Distrito Sanitário Especial Yanomami (Dsey), mas nenhum responsável falou do caso. A Folha procurou a Polícia Federal para saber se o caso já era do conhecimento daquela instituição e o que estava sendo feito, mas o delegado de plantão não recebeu a equipe de reportagem. Informou através de um agente que precisaria de autorização do superintendente da PF, que está viajando, ou mesmo de seu sucessor imediato, para poder falar.
Augusto Gentile
8 anos agoDecolagem batendo com trem de pouso em cachorro e passando a dez metros das cabeças dos índios, levando tiro… ter de se esconder pra não ser morto, polícia não sabe de nada e etc…
Bom, tem tudo pra dar uma desgraça qualquer hora por lá.
E tem gente que fica de cara quando a gente tranca o voo porque tá fora do envelope… hehehehe!
Fábio Otero Gonçalves
8 anos agoSe a gente manda bala neles, num tucano (o animal, não o político) ou num mico-leão-dourado, é inafiançável. Já eles…
Felipp Frassetto
8 anos agoÉ bem por aí.
Triste ver que a “terra indígena” é chamada de “Yanomami”.
Yanomamis não existem. Não há comprovação antropológica disso.
E se anuncia como algo natural.
Não é só na aviação que esse fato é ruim…
Rodrigo Edson
8 anos agoIsso me lembra uma cena na qual indios (não lembro data e local) atiravam flechas contra aeronaves que sobrevoavam suas aldeias. Se não me engano era rota de voo…
Enfim, pela matéria conclui-se que o indio ficou indignado pela morte de seu animal, mas se levarmos em conta toda a estrutura, não só desse lugar como de vários aeroportos/aerodromos vemos o quanto é inseguro voar pelo país.
Abs